Se você é como a maioria dos apaixonados por tecnologia e vive preocupado com a bateria de seus equipamentos termoelétricos, como Iphone, parece que teremos novidades. Ficar sem bateria para gravar um vídeo ou tirar uma foto inusitada pode constituir-se num estresse e frustação gigante dado que nossa vida pessoal e profissional passou a ser objeto de interesse coletivo e, para alguns, precisa estar na mídia em tempo real.
A medida que as tecnologias se tornaram um apêndice corporal, com as tecnologias vestíveis, os fabricantes começam a investir em design e usabilidade tornando os dispositivos e pilhas cada vez menores.
Mas você já imaginou torna-los autossuficientes? Alimentados com a energia corporal?
Essa é a promessa de futuristas como os pesquisadores do A*STAR’s Institute of Materials Research and Engineering (IMRE), de Singapura. Os pesquisadores Kedar Hippalgaonkar e Jianwei Xu do A*STAR’S acreditam que em breve será possível usar calor residual de baixo grau, como o produzido pela exaustação do carro e pelo calor do corpo humano, para alimentar dispositivos. O argumento dos pesquisadores é que uma enorme quantidade de calor residual de baixa qualidade está sendo despejado no meio ambiente. E converter esse calor em eletricidade é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada.
A geração de energia termoelétrica é um tema de pesquisa desde 1950 e tem ganhado importância na pauta global de sustentabilidade que prima pelo uso de energias de baixo impacto ambiental. Para Hippalgaonkar o aumento do uso de dispositivos conectados tem demandado fontes de energias não tóxicas e portáteis. Os futuros sensores corporais e dispositivos portáteis poderiam ser usados constantemente se eles aproveitassem o calor do corpo para serem autossuficientes em energia. Mas para isso é preciso desenvolver novos materiais termoelétricos adequados que sejam eficientes a baixas temperaturas, não tóxicos e de produção barata. Outra possibilidade na opinião do pesquisador é fazer uso de qualquer calor residual que sai de carros, aviões ou navios, gerados pela exaustão do motor. Você já imaginou devolver a energia gerada aos veículos e com isso reduzir a pegada ambiental?
O projeto PHAROS da A*STAR, iniciado em 2016 e com duração prevista de 6 anos, tem como objetivo encontrar uma combinação de material que seja atóxica, abundante para ser barata, eficiente e fácil de fabricar. Para isso está desenvolvendo materiais híbridos menos tóxicos, combinando orgânicos e inorgânicos, com potencial para geração de energia termoelétrica a baixa temperatura.
Time Observatório FIESC:
Angélia Berndt
Camilie Pacheco Schmoelz
Danielle Biazzi Leal
Fonte: Inoovation Torono <http://www.innovationtoronto.com/2018/11/using-body-heat-to-power-wearables/?utm_campaign>