Com um montante exportado de US$ 791,72 milhões em setembro de 2018, Santa Catarina alcança a marca de US$ 6,5 bilhões no ano, um crescimento de 2,15% em relação ao mesmo período de 2017. Já as importações totalizam no ano cerca de US$ 11,5 bilhões, aumento de 25% em relação a 2017. No confronto com o mesmo mês do ano anterior, as variações foram de 10,07% e de 5,53%, respectivamente.

Os dados do comércio exterior catarinense continuam mostrando recuperação no ano, de 2,15% nas exportações e de 25,1% nas importações. Com isso, o total exportado e importado apresentou os maiores valores desde 2014.
O principal destaque das exportações é o crescimento das vendas para China, que crescem 38,2% neste ano. Este dado se configura em um alerta de vulnerabilidade aos mercados estrangeiros para o bom desempenho da pauta exportadora catarinense. Na análise do Observatório FIESC, já foi destacado o aumento da concentração de produtos e de países que vem ocorrendo nos últimos anos, o que é corroborado por estes altos índices de crescimento das exportações para o mercado chinês.

Por outro lado, o aumento das vendas a China mostra o potencial de crescimento das vendas catarinenses aos asiáticos perante a guerra comercial existente com os Estados Unidos. Ambos os países impuseram sobretaxas mútuas recentemente, o que abre espaços para os produtos nacionais. Nesse contexto, ainda há espaço para elevar as vendas para os norte-americanos, que hoje está em queda de 3,5%.
Outro fator de destaque nas exportações é a queda das vendas de Carnes de aves e de suínos no ano, de -0,8% e -12%, respectivamente. Isto mostra a dificuldade da indústria alimentícia frente aos embargos impostos desde o final do ano anterior.
Já em relação às importações, o crescimento do ano segue em alta, mostrando evolução tanto nos bens intermediários, de consumo e bens de capital, que chega a 35% e mostra que as indústrias estão investindo na modernização de suas máquinas para o aumento da produção doméstica.
Além disso, destaca-se o crescimento elevado da importação de carros, que chega a 315% e se mantém como segundo maior produto importado de Santa Catarina. Somados estes números ao aumento da produção industrial, dos empregos e do faturamento de setores de produção de veículos, produtos de metal e de metalurgia, tem-se um sinal de que a cadeia automobilística de catarinense vem ganhado força e movimentado a atividade econômica do estado.

Fonte: MDIC e Observatório FIESC.