Os resultados da Sondagem da Construção de Santa Catarina mostram um cenário ainda difícil para o setor. Houve queda do nível de atividade em relação ao usual e do número de empregados. A utilização da capacidade de operação caiu um ponto percentual na comparação com o mês anterior. Para os próximos seis meses, as expectativas são diversas. Os empresários estão menos otimistas com relação ao nível de atividade e compra de insumos, mas perspectivas quanto ao número de empregos e intenção de investir melhoraram.

Desempenho construção no mês de julho
O índice de evolução do nível de atividade efetivo em relação ao usual recuou 4,8 pontos na passagem de junho para julho, registrando 41 pontos. O índice está 6,2 pontos acima do observado em julho de 2018, o que sinaliza para a recuperação do setor mas a atividade ainda se encontra abaixo do usual.

No Brasil, o índice do nível de atividade em relação ao usual apresentou aumento de 2,2 pontos, registrando 36,4 pontos em julho.
A utilização da capacidade de operação (UCO) registrou queda de 1 ponto percentual, registrando 58% em julho, reforçando a trajetória de queda observada desde janeiro deste ano, quando o indicador alcançou 68%. Por outro lado, na comparação com o mesmo mês de 2018, a UCO aumentou 4 pontos percentuais.

No Brasil, a UCO registrou 57% em julho, mesmo patamar do mês anterior, e 1 ponto percentual abaixo do registrado em 2018.
Expectativas da indústria da Construção
As expectativas dos empresários da construção de Santa Catarina apresentaram comportamento diverso. A expectativa do nível de atividade passou de 58,3 pontos em julho para 54,3 pontos em agosto, um recuo de 4 pontos. A expectativa de compras de insumos recuou 0,7 ponto, registrando 52,7 pontos no mês. Novos empreendimentos se mantiveram estáveis em 51,9 pontos e o número de empregados cresceu 2,1 pontos, passando de 49,5 pontos para 51,6 pontos em agosto.

A intenção de investimento no estado cresceu 2,7 pontos, passando de 37,5 para 40,2 pontos em agosto. Na comparação com o mesmo mês de 2018, o crescimento foi de 9,8 pontos. Quanto mais próximo de 100, maior a propensão a investir da indústria.

No Brasil, a intenção de investir recuou 3,5 pontos frente a julho, registrando 33,1 pontos. Com o recuo, o índice se mantém abaixo da média histórica de 33,7 pontos.