Estudo da Indústria Latino-americana de Cuidado Responsável (IIar) mostra que se o consumo de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) fosse orientado para o tratamento de quatro doenças comuns (resfriado comum, diarreia, candidíase e lombalgias), poder-se-ia reduzir em 68% os gastos públicos com saúde no Brasil. O Sistema Único de Saúde (SUS) atende cerca de R$ 59 milhões de casos dessas doenças por ano, e apesar de não serem intercorrências graves custam US$ 1 bilhão ao ano aos cofres públicos.
Pautada no fato de que hoje 47% do faturamento das farmácias brasileiras decorre da venda de MIPs, o Diretor Geral da IIar, Juan Carlos Thompson argumenta que a intenção não é o estimular a autoprescrição de medicamentos, mas sim incentivar o autocuidado com uso de medicamentos já regulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), quando necessário.
Uma estratégia a criação de uma cultura do uso consciente de medicamentos é reforçar o papel do Farmacêutico como agente de saúde orientando o paciente quanto a indicação e benefícios do medicamento, mas igualmente quanto as consequências do seu uso indevido e indiscriminado.
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Angélia Berndt
Danielle Biazzi Leal
Camilie Pacheco schmoelz
Fonte: Valor Econômico.